“A ética é um imperativo absoluto ou apenas uma moda passageira? Foi este o ponto de partida do almoço-debate promovido pelo Círculo Eça de Queiroz, que contou com António Bagão Félix como orador. O almoço-debate dedicado ao tema “Ética: Imperativo ou Moda?” foi um encontro de reflexão sobre a natureza da ética e a sua relação com a moral, o direito e a responsabilidade individual e coletiva. Segundo António Bagão Félix, a ética é um imperativo absoluto de ser, que não se reduz à legalidade, não pode ser relativizada pelas circunstâncias e exige a conjugação entre liberdade e responsabilidade.
Durante a sessão foram exploradas questões fundamentais como a distinção entre ética e moral, a interseção entre o que é eticamente aceitável e o que é juridicamente permitido, e os desafios de uma ética que se adapta às circunstâncias ou se mantém como um princípio inabalável. António Bagão Félix abordou também o impacto da erosão de valores na sociedade contemporânea e a necessidade premente de uma renovação ética, tanto a nível estrutural como geracional.
O orador enfatizou a importância de conciliar a autoexigência com a exigência para com os outros e questionou se a ética é uma convicção inegociável ou apenas um adorno momentâneo.
Para António Ayres Gonçalves, Presidente do Conselho Cultural do Círculo Eça de Queiroz, “discutir a ética nos dias de hoje não é apenas um exercício académico, mas um dever cívico”. Perante os desafios morais e sociais que enfrentamos, “urge refletir sobre os princípios que devem guiar as nossas escolhas e condutas”.